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terça-feira, 5 de abril de 2011

Profissão: Doméstica

Diálogo entre a minha filha e uma pessoa nossa conhecida, há uns dias atrás:

- Tens de estudar muito para ires para a faculdade.
- Mas eu não sei se quero ir para a faculdade.
- Tens de ir senão não arranjas nenhum emprego de jeito. O que queres ser?
- Doméstica, como a minha mãe.
- Credo, que horror! Essa é a pior coisa que se pode ser. A tua mãe é doméstica, coitada, e eu também já fui, mas não queiras isso para a tua vida. É horrível ter que passar os dias a lavar, limpar, cozinhar, engomar. É um trabalho que nunca está feito e que é horrível.

Tanto a minha filha como eu nos remetemos ao silêncio. Há alturas em que não me apetece embarcar neste tipo de discussão pela milésima vez mas, por outro lado, talvez tenha sido mais uma oportunidade que desperdicei. Poderia ter falado do amor de Deus que faz toda a diferença na vida, e também na vida de uma mulher que está em casa. Poderia ter falado daquilo que a Bíblia diz sobre o papel da mulher. Ou poderia tão simplesmente ter falado da minha experiência pessoal e da alegria que sinto em poder cuidar diariamente da minha família e do meu lar. E de como cada tarefa, por mais rotineira que seja, se torna aprazível por ser feita com amor.

Não é fácil tentar passar os valores em que acredito à minha filha, quando tudo à volta dela a leva por outros caminhos. Mas a sua vida está nas mãos de Deus e isso tranquiliza-me.

Quando, já em casa, conversei com a minha filha sobre o assunto, ela disse-me apenas: «Mãe, não te preocupes. Eu não acredito em nada daquilo que aquela senhora disse».

quinta-feira, 3 de março de 2011

Estás sempre bem mesmo quando não estás

A semana passada liguei a uma amiga com quem já não falava há algum tempo. Falou-me de si e da sua família e a seguir perguntou-me como eu estava. Antes que eu pudesse responder, disse-me: «Tu estás sempre bem, mesmo quando não estás». Fiquei a pensar naquilo. De facto, aqueles que não lidam comigo todos os dias, pensam por vezes que eu não tenho problemas e que estou sempre bem. É verdade que quase sempre tenho um sorriso no rosto e que nem sempre falo dos meus problemas mas pedi a Deus que sondasse o meu coração. Não quero fingir que estou sempre bem quando não estou, quero partilhar os meus fardos com os outros, da mesma forma que quero ajudar a levar os fardos dos outros («Ajudem-se uns aos outros a suportar as dificuldades, pois assim cumprem a lei de Cristo» - Gálatas 6:2). Mas também quero aprender, tal como Paulo, a viver contente em toda e qualquer situação (Filipenses 4:11). Sei que já dei alguns passos nessa direcção mas ainda há circunstâncias na minha vida, e na vida das outras pessoas, que provocam em mim desespero, angústia, revolta. Que Deus possa continuar a fortalecer-nos nesta caminhada em direcção ao Alvo.

segunda-feira, 7 de fevereiro de 2011

Homemaking

Lá estou eu outra vez com os termos ingleses. Mas não arranjo equivalentes em português que me agradem. Para «homemaking», não encontro nenhum, e quanto a «homemaker», não me parece que doméstica ou dona de casa exprimam o mesmo significado, ainda que eu não tenha qualquer problema em dizer que sou dona de casa. Há quem não goste. Há quem prefira que eu me apresente com a profissão para a qual estudei e que exerci durante alguns anos. Mas se actualmente não faço dessa actividade profissão, porque razão me hei-de apresentar como tal? Sou dona de casa, doméstica, «homemaker», mãe a tempo inteiro, o que lhe quiserem chamar. E gosto muito daquilo que faço.

Já tive pretensões a mulher moderna, independente e de carreira, não por gosto mas por influência da sociedade em que fui criada. Pela graça de Deus percebi que esse não era o caminho que eu queria para a minha vida. E o sonho que estava meio adormecido no meu coração foi a pouco e pouco tornando-se realidade. Não no tempo que eu queria. Não com os contornos que eu imaginei. Mas no tempo de Deus e segundo a Sua boa, perfeita e agradável vontade (Romanos 12:2).

Não tem sido um caminho fácil, não tanto pelas circunstâncias do próprio caminho, mas sobretudo pela incompreensão de muitas pessoas à minha volta. Este caminho, como qualquer outro, tem dificuldades, tem desafios, tem dias difíceis. Mas tem também muitas alegrias e fazer a vontade de Deus enche o meu coração de felicidade e dá-me forças para suportar as adversidades.

Eu creio que a vida de uma mulher deve estar centrada no lar. Claro que todos temos o direito a fazer as nossas escolhas e esta nem sequer é uma opinião consensual entre as mulheres cristãs. A maioria das que conheço, embora não rejeitando totalmente o papel que Deus atribuiu à mulher, acredita que a mulher deve também contribuir para o sustento do lar e procurar satisfação profissional. Não tenho sabedoria suficiente para contestar tais opiniões, nem é meu desejo entrar em discussões deste género, mas não é nisto que eu creio. Eu creio que o homem é o provedor do lar e a mulher é a sua ajudadora.

Para aquelas mulheres que também escolheram este caminho, o meu conselho é que não se preocupem em alimentar este tipo de discussão, nem em apresentar justificações a quem as critica ou a quem questiona o porquê de estarem em casa. Só temos necessidade de nos justificarmos perante Deus e perante os nossos maridos. O mais importante é fazer o trabalho que Deus nos confiou, cuidando com amor das nossas famílias e do nosso lar.

Também é verdade que há muitas mulheres que estão em casa por razões diversas mas que não se sentem felizes porque não têm o seu coração centrado no lar. E há tantas outras que fazem da sua família e da sua casa a sua prioridade mas que, por razões diversas, têm de exercer um trabalho fora de casa. A essas eu aconselho que continuem a buscar a direcção de Deus e não desistam do seu sonho. Deus conhece os nossos corações e a Ele nada é impossível.

Também eu, neste blogue, não pretendo justificar-me. Há já algum tempo que percebi que esse não é o caminho e que não é nisso que eu devo gastar as minhas energias. Aquilo que Deus colocou no meu coração é encorajar outras mulheres que têm este sonho no seu coração mas que ainda não sabem que podem vivê-lo.

segunda-feira, 31 de janeiro de 2011

Carácter - a beleza que perdura

Li há dias este texto no meu devocional da UCB e gostaria de o partilhar aqui.
  «No que diz respeito a beleza, mantenha uma perspectiva certa: "O enfeite delas não seja o exterior, no frisado dos cabelos, no uso de jóias de ouro, na compostura dos vestidos, mas...no incorruptível trajo de um espírito manso e quieto..." (1 Pedro 3:3-4). O departamento de relações públicas de uma empresa de produtos de beleza pediu aos seus clientes que enviassem fotos, juntamente com pequenas cartas, descrevendo as mulheres mais bonitas que conheciam. Receberam milhares de cartas. Uma delas chamou a atenção dos empregados e foi levada ao presidente. Tinha sido escrita por um rapaz de um lar desfeito que vivia num bairro degradado. Com muitos erros ortográficos, um excerto desta carta dizia o seguinte: "Uma linda mulher vive ao fundo da minha rua. Visito-a todos os dias. Ela faz-me sentir o miúdo mais importante no mundo. Jogamos às damas e ela ouve os meus problemas. Ela compreende-me. Quando vou embora ela grita sempre da porta que tem orgulho em mim." O rapaz acabou a carta assim: "Esta foto mostra-vos que esta é a mulher mais bonita do mundo, e um dia espero ter uma mulher tão bonita como ela." Intrigado, o presidente pediu para ver o retrato da mulher. A secretária entregou-lhe a foto de uma mulher que sorria, sem dentes, de idade bem avançada, sentada numa cadeira de rodas. Os seus esparsos cabelos grisalhos estavam apanhados atrás. As rugas, que formavam sulcos profundos no seu resoto, estavam de alguma forma diminuídas pelo brilho dos seus olhos. "Não podemos usar a imagem desta mulher", disse o presidente, "ela mostraria ao mundo que os nossos produtos não são necessários para se ser bonito."»

sábado, 29 de janeiro de 2011

Mulher virtuosa


Mulher virtuosa quem a achará? O seu valor muito excede ao de rubis.
O coração do seu marido está nela confiado; assim ele não necessitará de despojo.
Ela só lhe faz bem, e não mal, todos os dias da sua vida.
Busca lã e linho, e trabalha de boa vontade com suas mãos.
Como o navio mercante, ela traz de longe o seu pão.
Levanta-se, mesmo à noite, para dar de comer aos da casa, e distribuir a tarefa das servas.
Examina uma propriedade e adquire-a; planta uma vinha com o fruto de suas mãos.
Cinge os seus lombos de força, e fortalece os seus braços.
Vê que é boa a sua mercadoria; e a sua lâmpada não se apaga de noite.
Estende as suas mãos ao fuso, e suas mãos pegam na roca.
Abre a sua mão ao pobre, e estende as suas mãos ao necessitado.
Não teme a neve na sua casa, porque toda a sua família está vestida de escarlata.
Faz para si cobertas de tapeçaria; seu vestido é de seda e de púrpura.
Seu marido é conhecido nas portas, e assenta-se entre os anciãos da terra.
Faz panos de linho fino e vende-os, e entrega cintos aos mercadores.
A força e a honra são seu vestido, e se alegrará com o dia futuro.
Abre a sua boca com sabedoria, e a lei da beneficência está na sua língua.
Está atenta ao andamento da casa, e não come o pão da preguiça.
Levantam-se seus filhos e chamam-na bem-aventurada; seu marido também, e ele a louva.
Muitas filhas têm procedido virtuosamente, mas tu és, de todas, a mais excelente!
Enganosa é a beleza e vã a formosura, mas a mulher que teme ao SENHOR, essa sim será louvada.
Dai-lhe do fruto das suas mãos, e deixe o seu próprio trabalho louvá-la nas portas.
Provérbios 31:10-31