segunda-feira, 7 de fevereiro de 2011

Homemaking

Lá estou eu outra vez com os termos ingleses. Mas não arranjo equivalentes em português que me agradem. Para «homemaking», não encontro nenhum, e quanto a «homemaker», não me parece que doméstica ou dona de casa exprimam o mesmo significado, ainda que eu não tenha qualquer problema em dizer que sou dona de casa. Há quem não goste. Há quem prefira que eu me apresente com a profissão para a qual estudei e que exerci durante alguns anos. Mas se actualmente não faço dessa actividade profissão, porque razão me hei-de apresentar como tal? Sou dona de casa, doméstica, «homemaker», mãe a tempo inteiro, o que lhe quiserem chamar. E gosto muito daquilo que faço.

Já tive pretensões a mulher moderna, independente e de carreira, não por gosto mas por influência da sociedade em que fui criada. Pela graça de Deus percebi que esse não era o caminho que eu queria para a minha vida. E o sonho que estava meio adormecido no meu coração foi a pouco e pouco tornando-se realidade. Não no tempo que eu queria. Não com os contornos que eu imaginei. Mas no tempo de Deus e segundo a Sua boa, perfeita e agradável vontade (Romanos 12:2).

Não tem sido um caminho fácil, não tanto pelas circunstâncias do próprio caminho, mas sobretudo pela incompreensão de muitas pessoas à minha volta. Este caminho, como qualquer outro, tem dificuldades, tem desafios, tem dias difíceis. Mas tem também muitas alegrias e fazer a vontade de Deus enche o meu coração de felicidade e dá-me forças para suportar as adversidades.

Eu creio que a vida de uma mulher deve estar centrada no lar. Claro que todos temos o direito a fazer as nossas escolhas e esta nem sequer é uma opinião consensual entre as mulheres cristãs. A maioria das que conheço, embora não rejeitando totalmente o papel que Deus atribuiu à mulher, acredita que a mulher deve também contribuir para o sustento do lar e procurar satisfação profissional. Não tenho sabedoria suficiente para contestar tais opiniões, nem é meu desejo entrar em discussões deste género, mas não é nisto que eu creio. Eu creio que o homem é o provedor do lar e a mulher é a sua ajudadora.

Para aquelas mulheres que também escolheram este caminho, o meu conselho é que não se preocupem em alimentar este tipo de discussão, nem em apresentar justificações a quem as critica ou a quem questiona o porquê de estarem em casa. Só temos necessidade de nos justificarmos perante Deus e perante os nossos maridos. O mais importante é fazer o trabalho que Deus nos confiou, cuidando com amor das nossas famílias e do nosso lar.

Também é verdade que há muitas mulheres que estão em casa por razões diversas mas que não se sentem felizes porque não têm o seu coração centrado no lar. E há tantas outras que fazem da sua família e da sua casa a sua prioridade mas que, por razões diversas, têm de exercer um trabalho fora de casa. A essas eu aconselho que continuem a buscar a direcção de Deus e não desistam do seu sonho. Deus conhece os nossos corações e a Ele nada é impossível.

Também eu, neste blogue, não pretendo justificar-me. Há já algum tempo que percebi que esse não é o caminho e que não é nisso que eu devo gastar as minhas energias. Aquilo que Deus colocou no meu coração é encorajar outras mulheres que têm este sonho no seu coração mas que ainda não sabem que podem vivê-lo.

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